«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Papa Francisco em diálogo com o mundo

Francisco pede para mudar o estilo de vida de
“superioridade cultural”

Rocío Lancho García

Papa pede para ouvir “o clamor das vítimas e daqueles que sofrem” em sua mensagem à Cúpula Mundial Humanitária celebrada em Istambul, convocada pelo Secretário-Geral das Nações Unidas
CHEFES DE ESTADO POSAM PARA FOTO DURANTE A
CÚPULA HUMANITÁRIA MUNDIAL

Istambul (Turquia), 23-24 de maio de 2016

Pela primeira vez nos 70 anos de história das Nações Unidas, o seu secretário-geral, Ban Ki-moon, convocou uma Cúpula Humanitária Mundial. Este encontro é celebrado em Istambul (Turquia) de 23 ao 24 de maio. Para lá viajou uma delegação vaticana para representar a Santa Sé. O cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado, e chefe da delegação, leu esta tarde uma mensagem do Santo Padre.

Assim, Francisco lança um desafio aos assistentes da Cúpula:

“Escutemos o grito das vítimas e dos que sofrem. Deixemos que eles nos ensinem uma lição de humanidade. Mudemos o nosso modo de vida, a política, as opções econômicas, as condutas e atitudes de superioridade cultural”.

Da mesma forma, garante que aprendendo das vítimas e daqueles que sofrem, “seremos capazes de construir um mundo mais humano”.

Na mensagem, o Papa manifesta o seu desejo de que este encontro possa “contribuir de uma forma real para aliviar os sofrimentos” de milhões de pessoas, e que os frutos da Cúpula “se possam demonstrar através de uma sincera solidariedade e respeito verdadeiro e profundo pelos direitos e a dignidade das pessoas que sofrem devido aos conflitos, à violência, à perseguição, e aos desastres naturais”. Neste contexto, esclarece Francisco, “as vítimas são os mais vulneráveis, aqueles que vivem em condições de miséria e exploração”.

O papa Francisco cumprimenta os presentes, reunidos nesta ocasião para serem “um ponto de viragem na vida de milhões de pessoas que necessitam de proteção, de cuidados e assistência, e que procuram um futuro digno”.

Por outro lado, o Santo Padre diz que não podemos negar que hoje em dia muitos interesses impedem soluções aos conflitos, e estas estratégias militares, econômicas e geopolíticas desalojam pessoas e povos e “impõem o deus dinheiro”, o “deus poder”. Ao mesmo tempo, afirmou que “os esforços humanitários são frequentemente condicionados por limitações comerciais e ideológicas”.

O Papa argentino explica que aquilo que é necessário hoje é um renovado compromisso de proteger “cada pessoa em sua vida diária” e “a sua dignidade e os seus direitos humanos, a sua segurança e as suas necessidades integrais”. Também é necessário – continua Francisco – preservar a liberdade e a identidade social e cultural dos povos; sem que isso implique casos de isolamento, mas que favoreça a cooperação, o diálogo, e especialmente a paz.

E insiste mais uma vez:
* não deve haver nenhuma família sem lar,
* nenhum refugiado sem acolhida,
* nenhuma pessoa sem dignidade,
* nenhuma pessoa ferida sem cuidado,
* nenhuma criança sem infância,
* nenhum homem ou mulher jovem sem futuro,
* nenhuma pessoa idosa sem digna velhice.

Que esta seja também a ocasião, exorta o Pontífice, de reconhecer o trabalho daqueles que servem os seus vizinhos e contribuem para consolar “os sofrimentos das vítimas da guerra e a calamidade, dos refugiados e deslocados, e dos que se preocupam pela sociedade”, especialmente através de opções valentes a favor da paz, do respeito, do cuidado e do perdão.

Para concluir, o Santo Padre esclarece que ninguém ama um conceito ou uma ideia, mas amamos as pessoas. Por isso, garante que “o autosacrifício, o verdadeiro dom de si”, brota do amor “aos homens e mulheres, às crianças e idosos, aos povos e comunidades”.

Fonte: ZENIT.ORG – Segunda-feira, 23 de maio de 2016 – Internet: clique aqui.

Papa Francisco se reúne com líder da principal instituição do islã no mundo

Agências de notícias

Ao receber Tayeb no Palácio Apostólico, Francisco disse que o fato de os dois estarem se reunindo já era significante para que a relação fosse reatada.
“A reunião é a mensagem”, disse o pontífice ao líder religioso islâmico.
AHMED AL-TAYEB E PAPA FRANCISCO
Histórico encontro no Vaticano após cinco anos de relações estremecidas entre islâmicos e católicos

O papa Francisco recebeu nesta segunda-feira (23 de maio) Ahmed al-Tayeb, líder da Mesquita de al-Azhar, principal instituição islâmica sunita do mundo. O encontro acontece após cinco anos de relações congeladas com o Vaticano.

Em 2011, os líderes islâmicos decidiram cortar relações depois que Bento 16 disse existir "uma estratégia de violência que coloca os cristãos como alvo" depois de um atentado matar 21 pessoas em uma igreja cristã copta em Alexandria.

A mensagem irritou a instituição, que considerou a mensagem do antecessor de Francisco no Vaticano um insulto ao islã. Desde então, os ataques de extremistas aos cristãos cresceram, mas as duas instituições não retomaram laços.

Ao receber Tayeb no Palácio Apostólico, Francisco disse que o fato de os dois estarem se reunindo já era significante para que a relação fosse reatada. "A reunião é a mensagem", disse o pontífice ao líder religioso islâmico.

Os dois conversaram por 25 minutos antes de posarem para fotos com jornalistas. Segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, os dois discutiram sobre o diálogo inter-religioso entre o cristianismo e o islamismo.

Lombardi disse que o papa sugeriu ao dirigente da Mesquita de al-Azhar "a necessidade de que os líderes e os fiéis das duas maiores religiões do mundo mostrem compromisso comum para a paz no mundo".

"Eles ainda discutiram a rejeição à violência e ao extremismo e as dificuldades enfrentadas pelos cristãos no contexto dos conflitos e tensões no Oriente Médio e sua proteção", disse o Vaticano, em comunicado.
PÁTEO INTERNO DA MESQUITA DE AL-AZHAR - NO EGITO
A MAIS IMPORTANTE INSTITUIÇÃO ISLÂMICA DO MUNDO

Desde que assumiu o pontificado, em março de 2013, Francisco fez encontros com diversos líderes religiosos, na tentativa de melhorar a relação entre a Igreja Católica e outras instituições do cristianismo e de outras religiões.

Em fevereiro, ele se encontrou em Cuba com o patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Cirilo, e se reuniu em Istambul com o patriarca da Igreja Ortodoxa de Constantinopla, Bartolomeu. Também se aproximou do judaísmo e de evangélicos.

A Mesquita de al-Azhar fica no Egito e tem uma universidade com mais de 450 mil estudantes, a maioria oriunda de países da Ásia e da África. A instituição também administra 9.000 escolas com mais de 2 milhões de alunos.

Fonte: Folha de S. Paulo – Mundo – Terça-feira, 24 de maio de 2016 – Pág. A15 – Internet: clique aqui.

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