«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Cunha, “zumbi político”, age na Câmara e no Governo!

Afonso Benites

Peemedebista afastado pelo STF vai hoje ao Conselho de Ética da Câmara
CONSELHO DE ÉTICA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS FEDERAIS
recebe nesta quinta-feira, 19 de maio, o Deputado Eduardo Cunha que está sendo julgado

Desde que foi considerado indigno pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para presidir a Câmara dos Deputados e afastado do cargo, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é uma espécie de bode que quase foi retirado da sala. Na imagem jocosa usada por dois deputados que discutiam a situação dele nesta terça-feira em Brasília, ele "empacou" ao passar na porta. É nesta qualidade de zumbi político, com influência para emplacar ao menos três nomes no Governo Temer e tumultuar o andamento na Casa que presidiu com mãos de ferro, que Cunha prepara o seu arsenal para a próxima quinta-feira, quando irá depor ao Conselho de Ética, que analisa uma representação contra ele por quebra de decoro parlamentar. Enquanto seus adversários políticos o consideram fragilizado no cenário, o peemedebista vai repetir sua estratégia, a de se defender das acusações na Operação Lava Jato atacando seus inquisidores.

Já foram empossados três aliados de Cunha na gestão interina de Michel Temer (PMDB) no Palácio do Planalto e mais um está próximo de sê-lo. Dois ex-advogados de Cunha estão em postos estratégicos da União. Alexandre de Moraes é o ministro da Justiça, o órgão ao qual a Polícia Federal é subordinada, e Gustavo do Vale Rocha é o subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil - por esse departamento passam todos os atos legislativos aos quais o Governo precisa se posicionar, como elaborações de medidas provisórias e aprovações de vetos às leis recém-aprovadas no Congresso Nacional. O terceiro homem de Cunha na nova administração é seu ex-assessor especial Carlos Henrique Sobral, o novo chefe de gabinete da Secretaria de Governo.

Outro posto almejado que pode ser considerado como alvo de sua influência é o do comando da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). Nesta terça-feira, o então titular do cargo Ricardo Melo foi exonerado, apesar do mandato de quatro anos, recém iniciado. Melo anunciou que vai à Justiça. Seja como for, dois nomes ligados a Cunha estão cotados. Um deles é Laerte Rímoli, cujo trabalho mais recente foi o de diretor de comunicação da Câmara sob Cunha. Antes, ele, além de trabalhar nos maiores jornais, como Melo, assessorou campanhas de Aécio Neves e Geraldo Alckmin. O outro é o do diretor-executivo da Comunicação Social da TV Câmara, Claudio Lessa.
EDUARDO CUNHA E WALDIR MARANHÃO
Maranhão, que sempre foi aliado de Cunha, permanece como presidente interino da Câmara, mas
apenas em papel decorativo, não preside mais as sessões!

Caso Maranhão

Na própria Câmara, a influência de Cunha parece não ter fim. Ele conseguiu esvaziar quase todas as sessões que seriam presididas pelo primeiro-vice-presidente, Waldir Maranhão (PP-MA), nada foi votado desde que ele deixou o cargo, no dia 5 de maio. A primeira sessão de Maranhão, nesta terça, foi de embates, com os neogovernistas PSDB e DEM exigindo sua saída e o acusando de ser fantoche de Cunha. Maranhão tem repetido que não renunciará e se fia numa coalizão de partidos do chamado Centrão, que buscam proeminência no Governo Temer, para dizer que fica onde está.

Nesta semana, o deputado Arthur Lira (PP-AL), da tropa de choque do peemedebista e também investigado pela Lava Jato, foi escolhido para presidir uma das principais comissões do Congresso Nacional, a Mista de Orçamento. Depois dessa vitória, o peemedebista luta para emplacar outros de seus fiéis seguidores na liderança do Governo Casa e na presidência, caso o cargo de presidente seja considerado vago nos próximos dias e seja necessário realizar uma eleição para um mandato tampão. As funções seriam disputadas por três aliados: André Moura (PSC-SE), Rogério Rosso (PSD-DF) e Jovair Arantes (PTB-GO).

Moura é considerado por alguns deputados o “papel-carbono de Cunha”. É uma espécie de representante do baixo clero que tem no peemedebista sua “fonte inspiradora”. Investigado pela Lava Jato, o deputado sergipano é o favorito do grupo do “centrão” para ocupar a liderança de Temer na Câmara. O presidente em exercício é reticente ao nome dele, preferia ter na vaga Rodrigo Maia (DEM-RJ), mas teme que se isso for feito sua base no legislativo não seja tão segura como estima. Rosso e Arantes foram, respectivamente, presidente e vice da comissão do impeachment. O primeiro concorreria a uma vaga de presidente-tampão. O segundo seria candidato ao mandato do próximo biênio (2017-2019), mas caso o representante do PSD não consiga a indicação de seus pares, estaria disposto a ocupar a vaga já. [Temer acabou “aceitando” colocar como líder do governo na Câmara, o deputado federal André Moura, PSC-SE!]

“A atual situação é de desconforto para a Câmara. Não podemos continuar com um presidente afastado e outro escondido. Temos de mudar isso já”, reclamou o líder do DEM, Pauderney Avelino. O partido dele juntamente com outros três deverá apresentar três questionamentos sobre a vacância do cargo de presidente. Um para a Mesa Diretora, outro para a Comissão de Constituição e Justiça e o último para o STF.
RESIDÊNCIA OFICIAL DO PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
Eduardo Cunha continua desfrutando desta luxuosa e confortável habitação oficial!!!

Recados pela imprensa

Enquanto faz suas articulações, Cunha continua vivendo na luxuosa residência oficial do presidente da Câmara e recebendo seu salário integral, de aproximadamente 33.000 reais, cota parlamentar de 96.000 e benefícios de saúde. Aos que imaginam que ele está recebendo sem trabalhar, se enganam. Ainda que o trabalho não seja o específico de um parlamentar. Desde a queda de Dilma Rousseff (PT) ele continua se reunindo com lideranças políticas. Manda recados pela imprensa de que não se afastou de Temer (apesar do presidente em exercício não admitir essa proximidade e dizer ao programa Fantástico de que tanto faz tê-lo na presidência da Câmara) e prepara, junto com seus advogados, suas defesas em cinco processos que responde no STF por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.

Seus aliados dizem que sua principal indignação é ter perdido a possibilidade de frequentar a Câmara e, consecutivamente, não ter mais acesso aos meios de comunicação que usava para se defender das diversas acusações que surgiam contra ele quase semanalmente.

Nesta terça-feira, no Conselho de Ética quem depôs foi o advogado José Tadeu de Chiara, contratado por Cunha para elaborar um parecer sobre as contas que ele possui no exterior. A sessão foi esvaziada. Nem os representantes da tropa de choque do peemedebista nem seus adversários fizeram intervenções longas. O vice-presidente do colegiado, Sandro Alex (PSD-PR) disse que a reunião parecia uma pós-graduação sobre trust, o nome dado à conta que o deputado, e pouco acrescentou no debate que se estende há seis meses – é o caso mais longo do Conselho de Ética.

Fonte: El País – A crise política no Brasil – Governo Temer – Terça-feira, 17 de maio de 2016 – 22h03 – Internet: clique aqui.

Considerado o “homem de Cunha”, líder do governo Temer na Câmara é investigado pela Lava Jato

Igor Gardelha

Mesmo afastado, Eduardo Cunha articulou apoio de cerca de 300 deputados para indicação de André Moura; ele está no 2º mandato
ANDRÉ MOURA (PSC-SERGIPE)
É o novo líder do Governo na Câmara Federal: tem até investigação e suspeita de assassinato contra ele!!!

O líder do governo Michel Temer na Câmara dos Deputados, André Moura (PSC-SE), é um dos membros da chamada "tropa de choque" de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente afastado da Casa, e, assim como o peemedebista, é formalmente investigado pela Operação Lava Jato.

O parlamentar está em seu segundo mandato consecutivo de deputado federal (2011-2015 e 2015-2019) por Sergipe. Antes disso, foi deputado estadual por um mandato (2006 a 2010) e prefeito da cidade sergipana de Pirambu por dois mandatos (1997 a 2004), pelo extingo Partido da Frente Liberal (PFL).

Na Câmara dos Deputados, André Moura estava à frente da liderança do PSC na Casa desde março de 2012. O parlamentar, no entanto, só ganhou notoriedade após Cunha chegar à presidência da Casa, quando passou a ser considerado o "homem de Cunha".

Toda essa proximidade fez com que Cunha, mesmo afastado, articulasse apoio de cerca de 300 deputados de 13 partidos para indicação de Moura para liderança do governo Temer. O parlamentar sergipano disputava o posto com Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendido por siglas da antiga oposição, como PSDB, PPS e DEM.
ANDRÉ MOURA É CONSIDERADO O "PAPEL CARBONO" DE EDUARDO CUNHA!
Agiu para atrapalhar o julgamento deste pelo Conselho de Ética da Câmara e, agora, recebe sua recompensa!

Conselho de Ética

Moura é tido um dos principais articuladores de Cunha no Conselho de Ética da Câmara, onde o peemedebista é alvo de processo que pode levar à sua cassação. O novo líder do governo Temer articulou a troca de membros do colegiado, na tentativa de salvar o presidente afastado.

Nessas negociações, Moura também operou como mensageiro entre Cunha e ministros da presidente afastada Dilma Rousseff. Coube ao deputado negociar com o Planalto, a pedido do peemedebista, os votos do PT no Conselho de Ética em troca da não deflagração do impeachment da petista. A negociação, porém, não teve sucesso.

Bandeiras

Na Câmara, o novo líder do governo faz parte da bancada católica [mas não me representa, com certeza!] e empunha bandeiras como a criminalização do aborto e o Pacto Federativo. A proximidade com Cunha fez com que ele fosse escolhido presidente de comissões especiais, como a de Redução da Maioridade Penal e do Piso Nacional dos Vigilantes.

Lava Jato

Na Operação, o novo líder do governo é formalmente investigado sob suspeita de atuar em conjunto com outros aliados de Cunha para chantagear empresas na Câmara. A Procuradoria-Geral da República (PGR) suspeita que o grupo apresentou requerimentos e atuou na Casa para pressionar o grupo Schahin. O deputado nega.

Vida pessoal

Moura nasceu em Salvador (BA), tem 44 anos e é casado com Lara Ferreira desde 1993, com quem tem dois filhos. O novo líder do governo não tem formação superior. Começou os cursos de administração de empresas e de gestão pública na Universidade Tiradentes, em Sergipe, mas não concluiu.

Fonte: ESTADÃO.COM.BR – Política – Quarta-feira, 18 de maio de 2016 – 11h08 – Internet: clique aqui.

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