«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

domingo, 11 de setembro de 2016

É hora de virar a página

Algodão entre cristais

Dora Kramer

Cármen Lúcia assume o Supremo Tribunal Federal
com apelo à “pacificação”, sem prejuízo do bom combate
CÁRMEN LÚCIA ANTUNES ROCHA
Assume nesta segunda-feira, 12 de setembro de 2016, a Presidência do STF

A crise persiste, a turbulência resiste e os conflitos de natureza política ainda insistem em marcar presença no ambiente de maneira contundente. Ciente do cenário nacional ainda conturbado em que assumirá amanhã [12 de setembro] a presidência do Supremo Tribunal Federal, a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha – mineira de Montes Claros, onde nasceu há 62 anos sob o signo de Áries – fará um discurso de panos quentes, no sentido da união do País, do fim da ideia da divisão entre “nós” e “eles”.

Ela acredita que a fala estará em sintonia com o anseio da maioria da população e irá ao encontro da necessidade mais urgente do Brasil: a pacificação entre as forças políticas (sem prejuízo do exercício da oposição e da liberdade de expressão) e a harmonia entre os Poderes. Notadamente no âmbito do Judiciário – aqui entendido o destaque ao tribunal que presidirá pelos próximos dois anos.

A despeito das posições firmes e declarações de clareza indubitável – é da autoria dela o conceito expresso durante o julgamento do mensalão sobre o caráter criminoso do uso de caixa 2 nas campanhas eleitorais – a ministra no primeiro momento evitará alimentar polêmicas. O que não significa que não as “comprará” adiante, ao longo do mandato.

Quando chamada a se manifestar, em duas delas certamente enfrentará resistências entre magistrados:
1ª) aumento do teto salarial do Poder Judiciário (em tramitação no Congresso). Cármen Lúcia é contra o reajuste, pelo mesma razão que decidiu deixar de lado a tradicional festa de comemoração da posse de presidentes do Supremo. Não é hora de gastar, de reivindicar vantagens nem de simular prosperidade em momento de privação geral na economia.

2ª) A nova presidente do Supremo Tribunal Federal também contraria boa parte de seus pares ao se opor à concessão de auxílio-moradia, ao menos para a magistratura de instância superior. Para dar o exemplo, deixou o apartamento funcional e comprou uma casa em Brasília. Financiada. Tais características não fazem de Cármen Lúcia uma heroína: são convicções de uma mulher culta, mas comum, em universo de gente que se considera incomum. De onde, provocará estranheza.

Desculpa esfarrapada

Para Eduardo Cunha melhor seria que o menor número de deputados comparecesse à sessão marcada amanhã, cuja pauta é a cassação de seu mandato. Ausências o favorecem.

Os aliados dele simplesmente não irão. Os adversários fazem campanha para assegurar presenças. No meio disso há os mais interessados nas eleições municipais. São instados a comparecer sob o argumento de que o eleitorado não lhes perdoará a ausência.
A isso respondem: em 2018, ninguém vai se lembrar de quem votou ou deixou de votar na cassação de Eduardo Cunha, mas em 2016 o prefeito, de quem depende a eleição futura do deputado, lhes cobrará presença imediata.

Com essa justificativa, muitos irão se ausentar dizendo que o motivo foi o atendimento às bases. [Estaremos atentos, registrando e recordando os nomes desses Deputados Federais que se ausentarem dessa sessão!]
DILMA ROUSSEFF E LULA
Ainda falta cair a "ficha" do atual momento político brasileiro para ambos!

Terrenos na lua

Os primeiros movimentos pós-impeachment do PT indicam que o partido continua operando no campo da fantasia:

a) Pede que o Supremo anule o julgamento, a despeito das constantes negativas;
b) insiste na “denúncia” internacional do golpe, cuja tendência é cair no vazio diante da crescente recusa dos países de aceitar a tese;
c) propõe campanha por eleições diretas já sabendo da impossibilidade constitucional da empreitada.

Tais propostas animam o auditório, mas não prestam bom serviço à necessidade de o PT recuperar credibilidade junto à sociedade.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Política / Colunistas – Domingo, 11 de setembro de 2016 – Pág. A6 – Internet: clique aqui.

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