«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

“O deus da guerra não existe”

Domenico Agasso Jr.
Vatican Insider
20-09-2016

Francisco, na Capela Santa Marta, antes da Jornada pela Paz, em Assis:
“não haverá espetáculo, mas oração”. 
PAPA FRANCISCO
celebra a Santa Missa na Capela Santa Marta - onde reside no Vaticano

A Jornada Inter-religiosa em Assis começa na Cidade do Vaticano, na Casa Santa Marta, residência do Pontífice. O Papa Francisco, durante a homilia da missa matutina desta terça-feira [20 de setembro], explicou que vai a Assis para ajoelhar-se e rezar ao Deus da paz, juntos, “superando as divisões”, até sentir a “vergonha” da guerra e sem “fechar os ouvidos” ao grito de dor de quem sofre. “Hoje – precisou –, não haverá espetáculo, mas oração”, para a qual toda a humanidade está convidada: “Escrevi uma carta aos bispos de todo o mundo pedindo para que nas dioceses se reze com todos os homens de boa vontade”. A informação é da Rádio Vaticano.

Não existe um “deus da guerra”, insistiu Francisco. A violência, as bombas que matam e cortam as estradas “para a ajuda humanitária” que não pode chegar às crianças, aos idosos, aos doentes, é ação do “maligno”, que quer “matar a todos”. É por isso que devemos rezar, com todas as religiões unidas na convicção de que “Deus é Deus de paz”.

E assim, nesta terça-feira, “homens e mulheres de todas as religiões, nos dirigiremos a Assis. Não para fazer um espetáculo: simplesmente, para rezar e rezar pela paz”. O que o Papa espera é que isso aconteça em todas as partes, como pediu em uma carta que enviou a “todos os bispos do mundo”. Hoje, haverá “encontros de oração” que convidam “os católicos, os cristãos, os fiéis e todos os homens e mulheres de boa vontade, de qualquer religião, para que rezem pela paz”, posto que “o mundo está em guerra! O mundo sofre!”.

Em seguida, uma referência à Primeira Leitura do dia, que termina assim: Quem tapa os ouvidos ao grito do pobre, também há de clamar, mas não será ouvido. Se, disse o Bispo de Roma, “nós, hoje, fechamos os ouvidos ao grito desta gente que sofre sob as bombas, que sofre a exploração dos traficantes de armas, pode ser que, quando caberá a nós, não obteremos respostas. Não podemos fechar os ouvidos ao grito de dor desses nossos irmãos e irmãs que sofrem com a guerra”.

E o Papa recordou que “não vemos a guerra, até nos assustamos” com “algum ato de terrorismo”, mas “isto não tem nada a ver com o que acontece nesses países, nessas terras em que diuturnamente caem as bombas” e “matam crianças, idosos, homens, mulheres...”. O Papa perguntou: “A guerra está distante? Não! Está muito perto de nós”, porque “a guerra – destacou – atinge a todos, a guerra começa no coração”.
CRIANÇA SÍRIA PEDINDO AJUDA
A fome, as doenças e a miséria atingem de cheio as crianças nas regiões de guerra!

E, por isso, Francisco invocou: “que o Senhor nos dê paz ao coração, nos tire qualquer vontade de avidez, de cobiça, de luta. Não! – exclamou. Paz, paz! Que o nosso coração seja um coração de homem e mulher de paz. Além das divisões das religiões: todos, todos, todos! Porque todos somos filhos de Deus. E Deus é Deus de paz. Não existe um deus da guerra: aquele que faz a guerra é o maligno, é o diabo, que quer matar todos”.

Diante disso tudo não pode e não deve haver divisões de fé, enfatizou Francisco. E não é suficiente agradecer ao Senhor porque, talvez, “a guerra não nos atinge. Sim, agradeçamos por isso, mas pensemos também nos outros”. Há outros? Além “dos mortos, dos feridos”, também “das pessoas (crianças e idosos) a quem a ajuda humanitária não chega com alimentos. A quem não chegam os remédios. Estão famintos, doentes! Porque as bombas impedem isso”. Enquanto, “hoje, nós rezamos, seria bom que cada um de nós sentisse vergonha”, foi o convite do Papa: vergonha “disso: que os humanos, os nossos irmãos, sejam capazes de fazer isso”.

Porque o dia de hoje é “um dia de oração, de penitência, de lágrimas pela paz; dia para ouvir o grito do pobre. Este grito que abre nosso coração à misericórdia, ao amor e nos salva do egoísmo”.

Traduzido do italiano por André Langer. Acesse a versão original deste artigo, clicando aqui.

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos – Notícias – Quarta-feira, 21 de setembro de 2016 – Internet: clique aqui.

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