Este político precisa ser cassado!
Placar indica cassação de Eduardo Cunha e
Risco de “acordão”
Sucursal de
Brasília – DF
Levantamento mostra que já há votos para aprovar a
perda do mandato do peemedebista, mas também espaço para um acerto que resulte
em pena branda
Levantamento
realizado pelo jornal O Estado de S.
Paulo indica que já há número suficiente de votos para aprovar o pedido de
cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na próxima segunda-feira,
12 de setembro. O placar, no entanto, também mostra que existe espaço para um “acordão” que pode resultar numa pena mais branda
para o peemedebista. [O que seria uma demonstração
cabal da completa falta de vergonha e ética por parte da Câmara dos Deputados!]
Até
a última atualização desta reportagem, 273
deputados haviam declarado que vão votar pela perda do mandato de Cunha.
Para que a cassação seja aprovada, é necessário o voto de no mínimo 257 dos 513
deputados.
O jornal
O Estado de S. Paulo também
questionou os parlamentares sobre a possibilidade
de aplicar uma pena mais branda ao peemedebista, nos moldes do que
aconteceu com a presidente cassada Dilma Rousseff no processo de impeachment. A resposta a essa pergunta
mostra que ainda não há uma maioria
absoluta que se negue a discutir uma “anistia política” a Cunha.
Ao todo, 105 deputados
sinalizam estar propensos a suavizar a pena do ex-presidente da Câmara. Entre eles, 10 são a favor
de uma pena mais branda, 31 se disseram indecisos e 65 não quiseram responder.
Um – Felipe Maia (DEM-RN) – disse ser a favor da cassação, mas vota por uma pena mais branda. O deputado José
Mentor (PT-SP) disse que ainda não analisou a questão. "Essa questão está
sub judice."
O líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), disse que vai orientar a bancada para votar contra
qualquer alternativa que não seja a cassação. “A situação da presidente
Dilma era completamente diferente. A começar que não envolvia questões penais”,
afirmou o petista, em referência aos processos que Cunha responde por causa da
Operação Lava Jato.
Essa também é a posição do
líder do PSDB, Antonio Imbassahy (BA). “Não vamos fechar questão, cada deputado vai
votar de acordo com a sua consciência, mas acredito
que todos vão optar pela cassação”, disse.
Projeto
de resolução
Aliados
de Cunha, no entanto, já avisaram que vão usar o regimento interno da Casa para
fazer com que o plenário vote um projeto
de resolução e não o parecer do Conselho de Ética. A manobra tem como
objetivo substituir a aprovação do parecer pela cassação por uma medida
punitiva mais branda, como a suspensão do mandato por até seis meses.
“O
deputado que não está imbuído dessa necessidade de justiçamento pode apresentar
uma emenda no sentido de que a pena seja menos grave e que ele (Cunha) continue
a ser processado pelo Supremo Tribunal Federal”, disse Carlos Marun (PMDB-MS), que declarou ser contra a cassação.
O
levantamento do jornal O Estado de S.
Paulo mostra que bancadas de
partidos como PT, PSDB e PSB votarão unidas pela cassação. Dos 58
parlamentares do PT, 54 se declararam a favor da perda de mandato do
peemedebista. No PSDB, de 50 parlamentares, 39 indicaram o voto nesse sentido.
No PSB, 24 dos 33 deputados se manifestaram pela cassação.
“Constrangimento”
No PMDB, partido de Cunha, a situação é
diferente. Na maior bancada da Câmara,
com 67 deputados, 20 declararam voto a favor da cassação. Nos bastidores,
peemedebistas relatam “constrangimento” em ter de votar contra um
correligionário. Há ainda aqueles que
vão se ausentar, porque foram ajudados por Cunha com doações de campanha ou
espaço político na Câmara.
Outros
partidos do chamado Centrão também
não manifestam apoio massivo contra Cunha. É o caso do PP, que tem 47 deputados e
só 13 declararam ser a favor da cassação, e do PSD, em que 13 dos 35
parlamentares defendem a cassação.
Nesta
quinta-feira, 8 de setembro, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
disse estar confiante de que haverá quórum suficiente na segunda-feira para
votar o pedido de cassação de Cunha. Ele avaliou que os resultados das enquetes
são “muito contundentes”. Maia afirmou não ver motivos para que menos de 470
deputados compareçam à sessão. “Garanto
a todos os brasileiros que temos essa votação na segunda-feira”, disse.
O
presidente da Câmara também afirmou que vai descontar a ausência no salário dos
deputados que faltarem à votação por motivo de campanha eleitoral. Ele
ressaltou que nem viagens oficiais estão sendo liberadas para esta data. “Você
acha que vou fazer uma sessão dessa e liberar deputado para viagem?” O desconto
também foi defendido pela Terceira Secretaria da Câmara.
Exerça
seu direito de cidadão:
escreva
um e-mail ao seu deputado federal, manifestando sua vontade
de
que o mandato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) seja cassado:
clique
aqui,
e
proceda da seguinte maneira:
* Há nesta página
acima, um quadro logo abaixo da expressão “Deputados
em exercício na legislatura atual Deputado:”,
onde há uma seta à direita indicando para baixo.
* Ao clicar sobre
esta seta, aparecerá uma lista em ordem alfabética com o nome de todos os
Deputados Federais.
* Você clica sobre o
nome do Deputado federal que você ajudou a eleger nas últimas eleições ou sobre
o nome do Deputado que você desejar. Em seguida, clique em “Buscar”.
* Logo abaixo, na
mesma página, aparecerá uma foto do deputado com seu endereço em Brasília,
incluindo o seu e-mail.
* Clique sobre o
endereço de e-mail que aparecer e, em seguida, se abrirá uma nova janela para
você escrever a sua mensagem (e-mail).
* Como “Assunto”
dessa mensagem escreva: “Pela cassação do mandato de Eduardo Cunha”.
* No corpo do
e-mail, como conteúdo do mesmo, você poderá enviar o seguinte texto:
Exmo. Sr. Deputado Federal (Nome do deputado)
Venho por meio desta,
manifestar a V. Exa. meu desejo de que compareça à sessão marcada para esta
segunda-feira, dia 12 de setembro, às 19h00 no Plenário da Câmara dos Deputados
Federais, em Brasília (DF). E vote a favor do parecer do Conselho de Ética da
Câmara que propõe a cassação do mandato de deputado federal do Sr. Eduardo
Cunha, do PMDB do Estado do Rio de Janeiro.
Eu, minha família e amigos
estaremos acompanhando a atuação de V. Exa. nesse delicado e importante momento da
história de nosso parlamento.
Atenciosamente,
(Seu nome completo, cidade e Estado)
* Simples, não?
Então,
não perca tempo!
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