«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Bancos assustam o mundo novamente!

Mercados azedaram

Celso Ming

Desta vez, a principal fonte de preocupação é a situação de
grandes bancos ao redor do mundo

Nos países em que nesta terça-feira, 9 de fevereiro, não foi feriado, as bolsas voltaram a mergulhar. Frankfurt perdeu 1,11%; Londres, 1,0%; Milão, 3,21%; e Paris, 1,69%.

Desta vez, a principal fonte de preocupação é a situação de grandes bancos ao redor do mundo. Nesta terça-feira, um dos principais diretores do Deutsche Bank, John Cryan, se sentiu obrigado a desmentir enfaticamente os rumores que tomaram corpo nos últimos dias. Declarou que seu banco está absolutamente sólido como uma rocha. 

Por toda parte, avaliações, boatos e desmentidos sobre a saúde dos bancos ou de alguns deles em particular vêm se repetindo na imprensa especializada internacional.

The New York Times do dia 4 publicou extensa matéria (Trillions in bad loans may sap world economy for a long time – trad.: Trilhões em empréstimos ruins podem exaurir economia mundial por um longo tempo) na qual apontou encrencas bancárias medidas em “multitrilhões de dólares”. Só na China, há, conforme o depoimento de especialistas, cerca de US$ 5 trilhões em créditos com problemas, o que corresponde a cerca da metade de seu PIB. A disparada das dimensões do sistema financeiro da China já é, por si só, fonte de preocupação. Em apenas sete anos, saltou de US$ 9 trilhões para US$ 30 trilhões. Esse ritmo é, por si só, altamente suspeito; sugere a pressa com que tantas operações foram feitas. Agora que a economia chinesa está em franca desaceleração e enfrenta um princípio de fuga de capitais, é inevitável que um volume não desprezível de empréstimos bancários esteja sujeito a calote.

Por toda parte, especialmente nos Estados Unidos e no Canadá, grande número de bancos está exposto aos trancos que agora atingem o mercado global do petróleo cujos preços caíram 70% em 19 meses e deixaram muitas companhias do setor no vermelho. O mais apontado parece ser o Wells Fargo Bank.

Aumentam também as pressões sobre o sistema bancário da Itália, que enfrenta o azedamento da qualidade de cerca de 300 bilhões de euros. Apenas neste ano, os bancos italianos perderam quase US$ 40 bilhões em valor de mercado.

O setor bancário é vulnerável a corridas sempre que as suspeitas começam a circular. Quem está bem, exagera suas condições; quem está mal esconde. Na China, onde a baixa transparência é a regra, uma avaliação é sempre problemática e a boataria acaba prevalecendo.

Os novos problemas da rede bancária global são o resultado de três fatores.

[1º] O mais importante deles é a política dos grandes bancos centrais que despejaram enormes volumes de moeda no mercado que, naturalmente, desembocaram no caixa dos bancos. Estes se sentiram na obrigação de reemprestar tudo o que podiam, nem sempre sob as melhores condições de risco.

[Opinião pessoal: mas o jornalista se esquece de dizer que essa atitude dos bancos centrais foi motivada, sobretudo, pelo colapso financeiro provocado por bancos, financeiras e imobiliárias nos Estados Unidos e outros países do mundo!
Ou seja, o sistema financeiro provocou uma crise imensa e não parece
ter aprendido a lição. Afinal, foi socorrido generosamente pelo
dinheiro do povo através dos bancos centrais!]

[2º] O outro fator foi a já citada derrubada dos preços do petróleo e das demais commodities que deixaram grande número de empresas em más condições.

[3º] E, terceiro fator, todo o setor bancário enfrenta agora nova perspectiva de recessão global e, portanto, queda de renda e aumento da inadimplência.

Por enquanto, as preocupações aumentam nos mercados, mas não dá para dizer que já estejamos à beira de novo ciclo de turbulências, como em 2008.

CONFIRA
O GRÁFICO MOSTRA A EVOLUÇÃO DOS PREÇOS DO PETRÓLEO NESTE ANO

DESABARAM

Nesta terça-feira, as cotações do petróleo voltaram a desabar. O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova York, fechou com queda de 27,94%. E o tipo Brent, negociado em Londres, com baixa de 30,32%. Pesaram na queda as últimas projeções da Agência Internacional de Energia dando conta de nova tendência de queda dos preços diante do aumento dos estoques. Além disso, a Arábia Saudita insiste em não reduzir a oferta para não ajudar a concorrência.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Economia – Quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016 – Pág. B2 – Internet: clique aqui.

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