«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Quem lucra com a crise?

Juntos, Itaú, Bradesco e Santander lucram
R$ 47 bilhões em 2015

Aline Bronzati

Diante de sinais de maior fragilidade da economia,
os grandes bancos privados traçam metas mais tímidas para 2016
LOGOMARCAS DOS TRÊS MAIORES BANCOS PRIVADOS DO BRASIL:
Itaú, Bradesco e Santander

Os grandes bancos privados sentiram de forma mais intensa a recessão do Brasil no final de 2015, quando viram seu lucro líquido e os empréstimos encolherem no fechamento do quarto trimestre ante o terceiro. Diante da deterioração mais intensa dos indicadores econômicos, os calotes subiram, puxando para cima as despesas com provisões para devedores duvidosos (PDDs) e sinalizando que, além de baixa demanda [pessoas e empresas desejando tomar dinheiro empretado], o ciclo de crédito atual pode ter o risco ainda mais deteriorado ao longo de 2016.

No comparativo anual, ainda foi possível entregar um resultado crescente, mas em contínua desaceleração. Juntos, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander registraram lucro líquido de R$ 11,658 bilhões no quarto trimestre, cifra 5,66% maior que a vista 12 meses antes, de R$ 11,034 bilhões. Se considerados ajustes, o resultado foi 10,9% maior. Em 2015, no entanto, a alta de dois dígitos ainda foi mantida. O resultado líquido dos três maiores bancos do País cresceu 14,55% em relação a 2014, totalizando R$ 47,2 bilhões.

Diante dos sinais de maior fragilidade da economia brasileira, os grandes bancos privados optaram por traçar metas mais tímidas para 2016, além de fornecerem um maior detalhamento do cenário que trabalham para frente. O Itaú [teve lucro líquido de 23,4 bilhões de reais em 2015!], que abriu ontem seus números, adotou, como de costume, uma dose maior de conservadorismo e já admite que sua carteira de crédito pode encolher neste ano [ou seja, o banco pretende emprestar ainda menos dinheiro!]. Na melhor das hipóteses, segundo o banco, cresce 4,5%, com destaque para crédito à exportação, enquanto o Bradesco projeta alta entre 1% e 5%. O Santander preferiu não fazer projeções ao mercado.

Quanto aos calotes, os três bancos privados trabalham com a piora na qualidade de ativos em todo o ano de 2016. No caso do Bradesco, o indicador, que mede atrasos acima de 90 dias, deve se deteriorar entre 0,1 e 0,2 ponto porcentual a cada trimestre neste ano. Itaú e Santander (este último foi o único a manter a inadimplência estável no quarto trimestre) não detalharam suas estimativas, mas não veem reversão de tendência na conjuntura atual.

Com mais clientes em atraso, os bancos tiveram de reservar um colchão extra para perdas. O saldo de PDDs cresceu mais de 24% no quarto trimestre de 2015 ante um ano, totalizando R$ 80,4 bilhões.

As despesas com calotes acompanharam a trajetória ascendente, ao avançarem 28,8% de outubro a dezembro, para R$ 13,8 bilhões. Itaú, Bradesco e Santander empurraram, assim, o gasto total com calotes de para mais de R$ 50 bilhões em 2015, número 17,5% maior que o de 2014.

[Opinião pessoal: com juros altíssimos, entre os maiores do mundo; 
uma economia em recessão e pouca vontade e possibilidade de consumir 
por parte da população; quem consegue pagar dívidas no Brasil ? ? ?]

Fonte: O Estado de S. Paulo – Economia – Quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016 – Pág. B9 – Internet: clique aqui.

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