«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

“Casa comum, nossa responsabilidade” - Campanha da Fraternidade 2016

“Falta de saneamento básico destrói a casa comum e a vida da família que habita essa casa”, diz dom Sergio da Rocha 
Cerimônia de lançamento da Campanha da Fraternidade de 2016
Sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB
Brasília (DF), 10 de fevereiro de 2016

A Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 foi aberta pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), nesta Quarta-feira de Cinzas, 10 de fevereiro, na sede da Conferência, em Brasília (DF).

O evento foi presidido pelo bispo da Igreja Anglicana do Brasil e presidente do Conic, dom Flávio Irala. Compuseram à mesa:
* o arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, dom Sergio da Rocha;
* o ministro das Cidades, Gilberto Kassab;
* o diretor da Misereor, monsenhor Firmino Spiegel;
* o presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, pastor Nestor Friedrich;
* o arcebispo da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia, dom Paulo Titus Hanna;
* o presidente da Aliança Batista, pastor Joel Zeferino;
* o moderador da Igreja Presbiteriana Unida, presbítero Wertson Brasil; e
* o representante da Igreja Anglicana, reverendo Arthur Cavalcante.

Na ocasião, o arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, dom Sergio da Rocha, ressaltou a atualidade e a urgência do tema “Casa comum, nossa responsabilidade”, que tem como foco no saneamento básico. Ao denunciar a exposição da população ao mosquito aedes aegypit, vetor dos vírus da dengue, chikungunyae e zika, dom Sergio afirmou que a “falta de saneamento básico destrói a casa comum e a vida da família que habita essa casa”.

“O tema desse ano é de grande atualidade e urgência. O cuidado da casa comum, pondo em relevo o saneamento básico, não pode ser descuidado, nem pode ser deixado para depois, necessita da atenção e dos esforços de todos. Há muita coisa a ser feita por cada pessoa, espontaneamente, mas, embora seja sempre muito importante o que cada um pode fazer pessoalmente, nós necessitamos muito da vivência comunitária da Campanha, de iniciativas e de ações comunitárias, então, cada comunidade é convidada a refletir sobre o que fazer em sua realidade local, quais ações comunitárias realizar motivadas por esta Campanha”, disse dom Sergio.

“Estou certo de que queremos ver:
* o direito brotar, não o lixo se espalhar;
* queremos ver a justiça e não o esgoto correr como riacho;
* queremos ver a água ser assegurada como direito e usada com responsabilidade;
* queremos ver a casa comum cuidada de modo corresponsável”,
exortou dom Sergio ao lembrar do lema da Campanha “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,24),

Para o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, o tema “é muito apropriado ao que se vive no Brasil e em alguns países do mundo” e está vinculado diretamente à dignidade, ao combate à pobreza e à saúde pública. Kassab também assumiu que o Brasil está aquém do ideal nos índices de saneamento básico, apesar de que nos últimos anos tenha melhorado alguns indicadores. O ministro prometeu investimentos para continuar avançando. “O Governo Federal fará sua parte num esforço muito grande para dar apoio à essa Campanha da Fraternidade”, afirmou.

O bispo da Igreja Anglicana do Brasil e presidente do Conic, dom Flávio Irala, recordou que o tema aponta o saneamento básico como um bem essencial para a concretização de todos os direitos humanos. “Portanto, nenhuma pessoa pode ser privada do acesso aos benefícios de saneamento básico em função de sua condição socioeconômica”, disse. Para o bispo anglicano, o Conic compreende que o acesso ao saneamento deve ser considerado um “bem de caráter público destinado à inclusão social e a garantia dos principais instrumentos de proteção da qualidade dos recursos hídricos, dos inibidores de doenças, como cólera, febre amarela, dengue, diarreia, bem como para evitar a proliferação do vírus zika”.

Irala propôs três pontos para mobilização:
1º. Um relacionado à participação popular nos planos municipais de saneamento básico, outro
2º. que pede o fim dos “rios mortos” e, por fim,
3º. um pedido para que a construção de usinas no Rio Tapajós, em Santarém (PA), não seja realizada sem consulta à população. 
CARTAZ OFICIAL DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2016

Vejamos algumas informações iniciais sobre esta
Campanha da Fraternidade 2016:

1. TEMA: “Casa comum, nossa responsabilidade”.

2. LEMA:Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Amós 5,24).

3. OBJETIVO: o objetivo principal da iniciativa será chamar atenção para a questão do saneamento básico no Brasil e sua importância para garantir desenvolvimento, saúde integral e qualidade de vida para todos.

4. NOVIDADE DESTE ANO: a participação da Misereor, entidade episcopal da Igreja Católica da Alemanha que trabalha na cooperação para o desenvolvimento na Ásia, África e América Latina. A colaboração acontece em vista do desejo dos organizadores em transpor as fronteiras.

5. CAMPANHA ECUMÊNICA: pela quarta vez a Campanha da Fraternidade é realizada de forma ecumênica, isto é, envolvendo várias denominações religiosas. As outras três tiveram os seguintes temas: ano 2000 –  Dignidade Humana e paz – Novo Milênio sem exclusões; ano 2005 – Solidariedade e Paz – Felizes os que promovem a Paz e ano 2010 – Economia e Vida – Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro.

6. ALGUNS DADOS DA REALIDADE: Estudos estimam que morre uma criança a cada 3 minutos por não ter acesso a água potável, por falta de redes de esgoto e por falta de higiene. Crianças com diarreia comem menos e são menos capazes de absorver os nutrientes dos alimentos, o que as torna ainda mais suscetíveis a doenças relacionadas com bactérias. O problema se agrava, pois as crianças mais vulneráveis à diarreia aguda também não têm acesso a serviços de saúde capazes de salvá-las.
Ampliando a questão da saúde para todas as faixas etárias, em 2013, segundo o Ministério da Saúde (DATASUS), foram notificadas mais de 340 mil internações por infecções gastrointestinais no país. Se 100% da população tivesse acesso à coleta de esgotos sanitários haveria uma redução em termos absolutos de 74,6 mil internações.
Os últimos dados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico – base 2013) mostram que pouco mais de 82% da população brasileira têm acesso à água tratada. Mais de 100 milhões de pessoas no país ainda não possuem coleta de esgotos e apenas 39% destes esgotos são tratados, sendo despejados diariamente o equivalente a mais de 5 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento na natureza.
Alguns dados do Brasil sobre saneamento:
– O Brasil está entre os 20 países do mundo nos quais as pessoas têm menos acesso aos banheiros.
– Cada brasileiro gera em média 1 quilo de resíduos sólidos diariamente. Só a cidade de São Paulo gera entre 12 a 14 mil toneladas diárias de resíduos sólidos.
– As 13 maiores cidades do país são responsáveis por 31,9% de todos os resíduos sólidos no ambiente urbano brasileiro.
Para onde vão todos estes resíduos?
Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008 do IBGE, divulgada em 2010:
50,8% foram levados para os lixões, local para depósito do lixo bruto, sobre o terreno, sem qualquer cuidado ou técnica especial.
21,5% são levados para aterros controlados, local utilizado para despejo do lixo bruto coletado, com cuidado de, diariamente, após a jornada de trabalho, cobrir os resíduos com uma camada de terra, de modo a não causar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, bem como minimizar os impactos ambientais.
27,7% são levados para aterros sanitários, local monitorado em conformidade com a legislação ambiental, de modo a que nem os resíduos nem seus efluentes líquidos e gasosos venham a causar danos à saúde pública ou ao meio ambiente.

Leia o resumo do Texto-Base da Campanha da Fraternidade 2016,
onde aparecem mais dados da realidade (VER), critérios bíblicos e
teológicos para analisar aquilo que acontece (JULGAR) e dicas práticas
de ações concretas que as comunidades pelo país afora podem
realizar (AGIR). Clique aqui.

Ouça o belo e profético hino oficial da CF 2016, clicando sobre a imagem:

Fonte: CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – Notícias – 10 de fevereiro de 2016 – Internet: clique aqui.

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