«Quando devemos fazer uma escolha e não a fazemos, isso já é uma escolha.» (William James [1842-1910]: filósofo e psicólogo norte-americano)

Quem sou eu

Jales, SP, Brazil
Sou presbítero da Igreja Católica Apostólica Romana. Fui ordenado padre no dia 22 de fevereiro de 1986, na Matriz de Fernandópolis, SP. Atuei como presbítero em Jales, paróquia Santo Antönio; em Fernandópolis, paróquia Santa Rita de Cássia; Guarani d`Oeste, paróquia Santo Antônio; Brasitânia, paróquia São Bom Jesus; São José do Rio Preto, paróquia Divino Espírito Santo; Cardoso, paróquia São Sebastião e Estrela d`Oeste, paróquia Nossa Senhora da Penha. Sou bacharel em Filosofia pelo Centro de Estudos da Arq. de Ribeirão Preto (SP); bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. da Assunção; Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália); curso de extensão universitária em Educação Popular com Paulo Freire; tenho Doutorado em Letras Hebraicas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realizo meu Pós-doutorado na PUC de São Paulo. Estudei e sou fluente em língua italiana e francesa, leio com facilidade espanhol e inglês.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

SAIBA O QUE MUDOU NESTE MUNDO!

A transformação do mundo

Moisés Naím
Escritor venezuelano e membro do Carnegie Endowment – Washington (EUA)
CACAU
Matéria-prima para a fabricação do chocolate aumentou de preço!

O mundo está mudando a uma velocidade difícil de processar, interpretar e digerir. Mais difícil ainda é antecipar suas consequências. Um relatório do banco Goldman Sachs oferece uma arbitrária, mas reveladora amostra quantitativa das mudanças ocorridas entre 2010 e 2015.

Neste período:
* a oferta mundial de petróleo aumentou 11% e seu preço caiu 60%.
* O preço do ferro baixou ainda mais, 77%, e o da alimentação 30%.
* Quais foram os preços que aumentaram? Entre outros, o do cacau, 11%, e do Lítio, 27%.
* Estas altas são impulsionadas pela demanda de uma nova e mais numerosa classe média que come mais chocolate e compra mais celulares com baterias de lítio. A penetração destes telefones passou de 19% da população para 75%, e
* os preços da telefonia celular caíram 58%.
* Em breve, quase toda a humanidade terá acesso à telefonia móvel, contribuindo para a digitalização já extremamente veloz da vida cotidiana.

Em 2010, o Facebook tinha 600 milhões de usuários ativos por mês. Hoje, 1,6 bilhão de pessoas o usam mensalmente. O YouTube recebia 24 horas de vídeos a cada minuto, enquanto, no ano passado, recebeu 400 horas por minuto. O número de viajantes que se alojaram em quartos ou foram morar em casas oferecidos via Airbnb saltou de 47 mil para 17 milhões. Os artigos disponíveis na Wikipédia aumentaram de 17 milhões para 37 milhões.

Nestes cinco anos, também ocorreu uma revolução energética. Não só o preço do petróleo despencou, como os Estados Unidos superaram a Arábia Saudita e a Rússia como produtores. O preço de uma lâmpada LED caiu 78%, o de uma bateria de Li-Ion 60% e o custo da energia solar em 37%. A eficiência no uso do combustível de uma caminhonete Ford F-150 aumentou 29%. Em 2010, a companhia de maior valor de mercado no mundo era a Petrochina. Em 2015, foi a Apple.

Profundas mudanças também ocorreram no mundo do trabalho. Os salários continuaram estagnados nos países mais avançados, enquanto na China aumentaram 54%. Muitos acham que o desemprego e os baixos salários se devem à automação e ao fato de os robôs estarem substituindo os trabalhadores. De fato, nos EUA, o número de robôs industriais vendidos nos últimos cinco anos cresceu 89%. Entretanto, o número total de robôs em uso é ainda muito baixo e o seu impacto sobre o emprego ainda não é significativo.

Outro relatório divulgado recentemente também lança uma luz interessante sobre as grandes transformações em curso. Nos últimos dez anos, o Fórum Econômico Mundial vem preparando seu Relatório Anual de Riscos Globais. O documento usa como base as percepções de 750 conceituados especialistas de diferentes áreas e países a respeito dos principais riscos que o mundo enfrenta. Durante muitos anos, a crise econômica mundial ocupou o primeiro lugar das preocupações dos especialistas. Agora, não mais.

[Principais riscos globais na atualidade:]

1º lugar: Na edição deste ano, a questão das MUDANÇAS CLIMÁTICAS chega ao primeiro lugar como a mais grave e de maior impacto entre todos os riscos contemplados.
2º lugar: A seguir, vêm a proliferação de armas de destruição em massa,
3º lugar: os conflitos em razão da escassez da água, e
4º lugar: os enormes movimentos migratórios involuntários.

Entretanto, é possível que, com o aquecimento global, a mudança mais importante dos últimos anos seja o aumento da nossa capacidade de alterar a biologia. Em 2010, o custo do sequenciamento de um genoma era US$ 47 mil. Cinco anos mais tarde, caiu para US$ 1,3 mil. E continua caindo. Será um risco ou uma oportunidade?

Tradução de Anna Capovilla.

Fonte: O Estado de S. Paulo – Internacional – Segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016 – Pág. A9 – Internet: clique aqui.

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